quinta-feira, 18 de março de 2010

Acho pior que hipocrisia o prejulgamento e as suas conseqüências. Hum...pior não, na mesma categoria.

E de 5 anos pra cá experimentei esse aziúme, esse fel, destilado por nada mais nada menos pessoas que eu (pré)julgava me amarem.
É difícil não prejulgarmos. É inerente ao ser humano acusar para só depois verificar a autenticidade dos fatos. Lamentável. Causa terremotos na vida.
Tudo começou com meu finado marido – com ele experimentei pela primeira vez o azedume sabor do prejulgamento. As histórias inventadas por ele perduraram por anos.
Depois, com a vaca que eu colidi uns meses atrás. Como provar que as avarias na lataria do seu carro não foram causadas por mim? Ao menos, não tudo que ela insistia em dizer. Perdi. Não paguei, por birra. Caiu no meu esquecimento. Causou o bloqueio das minhas contas, uma delas conta-salário, devidamente indeferida pelo juiz, que alegou haver “movimentação bancária”. Alguém já viu um assalariado só olhar pingar seu soldo no banco, sem usar o dinheiro? Você vai ao caixa eletrônico, passa o cartão, confere se o empregador depositou o valor devido por seus dias trabalhados, fecha o programa e vem embora, feliz da vida por ter seu salário protegido de gastos, guardadinho, na instituição bancária! Faz favor!!
Teve ainda a compra de um cão e a devolução do meu sobrinho.
Recentemente, as DP’s dos alunos.
Nesses episódios, nas tentativas fracas, admito, das minhas defesas, desisti. Houve até falta de defesa. Não para esperar o tempo mostrar quem está certo ou errado, mas por achar que, se pensam que você é ou seria capaz de tal atitude, sinal de que não o conhecem suficientemente, apesar da convivência diária. Foram capazes de julgar sua moral apenas com argumentos de, pasmem, pessoas que haviam mostrado a índole nos primeiros contatos.
Tenho admiração por esse tipo de pessoa. Chamados 171. E não estou prejulgando. Têm a minha admiração por uma capacidade que falta em mim: do convencimento. Eu sou incapaz de convencer qualquer um com argumentação mentirosa e fantasiosa. Sou péssima vendedora e morreria de fome se essa fosse minha profissão. Sou conhecida por minha clareza e axioma. Não sei direcionar uma conversa para minha perspectiva. Falo o que é, sem rodeios ou floreios. Se for preciso, calo, para não ofender ou me arrepender depois. Mas não sei distorcer. É isso que fazem as pessoas que tentam sempre a vantagem, seja qual for. Distorcem fatos. Inventam. Envolvem pela dramaticidade, pela trama, atuam como vitimas. Conseguem o que querem. Mas há um lado bom no prejulgamento. Fortifica.

 
Beijinhos.
 
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